domingo, dezembro 26, 2004

Arrepio


A noite cai, rebolo na minha memória e condeno a meu pensamento, verdade onde não encontro a mentira das minhas razões. De caneta na mão e o olhar fixado em algo, bocado de mundo onde vivo e procuro a incerteza, ocultando a vontade de estar contigo, o todo do meu corpo sente a necessidade de respirar verdade, alegria, a cadeira cai, será que se eu aqui não estivesse, o som da cadeira a cair existia.
Num salto ao dia volta e a noite encosta, acredito, mentira que o tempo e o espaço mostram, verdade que o racional procura. A mão escorrega, embrulho-me nas minhas memórias e acredito no sentimento, rebeldia, inocência, não sei, capacidade de gesticular e encontrar expressão, desenhar, riscar, diferentes mas iguais.
Rocha de que abraça a praia, mar que a cobre, vontades e negações que a memória oculta, lembranças que mostram as diferenças, saudade, onde encarna a beleza, sentimento que mostra alegrias. Estou aqui, continuo aqui, e o amanhã, começa a apagar a lembrança, a noite regressa, a coragem e a determinação buscam força, na vontade e no sentir!




Arrepio

Escrito por Rigo