segunda-feira, dezembro 06, 2004

O vestido

Este pensamento, encontrei-o numa esquina do meu cérebro, um momento meu, acabo de recordar e continuo a não conseguir controlar, pecado ou não, esta maneira de me deixar levar, parece a corrente em que me pergunto o que é, e como é que… acabo de passar mais uma página, em que de repente outra se segue. Encostado no meu pensamento procuro a resposta… que maravilha de lugar em que eu me perco mesmo sem me levantar, cidade de pau em que a multiplicação de sensações me calça uns patins e me mostra a imagem, acabei de cair e não percebo quando é que isto vai parar, parece um ovo em que a clara não deixa a gema respirar. Desfolhando as minhas memórias, apercebo-me de coisas vividas e não desejadas, sensações que andam a volta do meu eu e que eu não me consigo libertar, quase como um lugar, onde os espaços são efémeros e a ideia de vida permanece dentro de cada espaço, em que o interior reflecte o exterior o seu conteúdo. Como de costume de cabeça nas nuvens, esqueço-me da importância do meu eu, e a projecção na tela da vida é algo que não mostra a importância de cada pensamento, onde a acção, por vezes encobre o sentimento!
Escrito por Rigo