sábado, maio 20, 2006




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O espaço de percurso entre duas zonas de uma habitação, pode intensificar as acções quotidianas e criar interstícios espaciais inesperados. A ideia de uma casa toda fechada para um pátio e um corredor que é mais que uma mera circulação, traz não só a privacidade necessária ao seu interior, como a relação directa e expectante com o espaço reurbano do plano da cidade dual.
O corredor torna-se de passagem obrigatória como ligação de todos os espaços integrantes da casa, constituindo-se um espaço teatral entre dois momentos diferentes. A possibilidade de achar, neste mesmo corredor, o livro perdido de dois dias anteriores, e subitamente sentar e ler, traz á memória um quotidiano livre e com tempo, onde as acções não são agendadas e forçadas.
A dispersão de vários momentos quotidianos por toda a habitação, torna cada um deles momentos autónomos e de muita maior força, enquanto momento que de torna eterno.
A possibilidade de acordar com a sobra da arvore a andar sobre o nosso corpo, as cores das flores do pátio entram pelo espaço da zona de refeições, a chuva que cai sobre as escadas enquanto trabalhamos sobre o computador ou falamos com o cliente...

1 Comments:

At 7:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

o pretexto especulativo de viver de forma "envolvente" os usos utilitários de uma casa, é muito interessante,podendo,se aprofundado,constituir uma proposta original consistente de um novo modo de habitar...
dois reparos e uma reflexão:
1.há um erro na largura do espaço de leitura, entre as duas primeiras plantas.
2.casa sem arrumação...não à Moviflor!!!!
3.a dinâmica do "viver a envolvência" pode ser mais surpreendente e menos claustrofóbica se da sua interpenetração com o espaço restante resultarem "bolsas" com propostas vivênciais únicas...sem perder a intensidade do espaço mínimo.
até já

 

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