sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Cidade de Tempos - parte 2 de 3

O Arq. Marcos numa conferência na ordem dos arquitectos, retractava os arquitectos portugueses muito agarrados a uma arquitectura cartesiana e não dominava formas menos rígidas. Compreendo a evolução da arquitectura, como algo que está sempre agarrado ao passado e aos tempos que vamos sobrepondo, mas que procura a modernidade e que resolve um programa simples da melhor forma. A procura da modernidade tem de ser feita com consciência de actuar num tempo. Não se trata de estar preso a uma arquitectura cartesiana, mas na consciência de actuar em conformidade com a cidade e na não agressão do espaço citadino. O trabalho de Peter Cook em Graz, mostra a inconsciência da actuação numa cidade consolidada e adulta. Pode-se ter a experiência de um espaço curvilíneo, sendo a sua pele exterior rectilínea. Uma pele que comunique de melhor forma com a cidade e com os cidadãos. Que não se torne agressiva e provocador, alienada e autónoma. Quem prática actos autónomos, são os artistas que tem necessidade de se afirmarem no mercado, para que as suas peças tenham mais valor. O arquitecto tem a obrigação e o saber, de não autonomizar o seu trabalho e sim dar mais valor ao espaço publico e aos cidadão em particular e à cidade no geral.

Graz