segunda-feira, janeiro 31, 2005

palavras.

Acabei de cair outra vez, verdade esta que não me deixa pensar, cegueira que me cega, mentira que eu ainda tento acreditar. Tento recompor, destroços tão espalhados que neste momento procuro o livro de instruções para os montar. Esta vontade de encontrar a saída, barco a remos que encontro no rio, onde antecipo a vontade de remar sem procurar destino. Os pedaços caem, a fragilidade assombra a tela da vida, brilhante, ainda nem se quer me convenci, acabei de atravessar a rua, e o que está para trás continua a fazer parte deste lado. O vento continuará a soprar, mas cada momento, hora , dia, este se fundirá com os telhados da cidade, depois da curva talvez o futuro, fita cola de sensações que um dia vou controlar e entender, mas hoje procuro…


Rigo

domingo, janeiro 23, 2005

Sophia de Mello Breyner Andreson

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e separa.

Transcrito ... Rigo

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Dessicronizado


Decorre o dia e a noite, tempo, minutos, segundos, ciclo. Os média fazem-nos sonhar, acreditar e imaginar.
Imagem, película, filme, onde se desenrola as acções vividas e provocadas, situações, momentos. Divisões de pensamentos, colonização de opiniões e premeabilidade de emoções, deserto mutável, onde o que é hoje, o amanha transformará. Leitura que procura a verdade encoberta, tempestade de areia que nos mostra as mentiras, encontros em que procuramos encontrar-nos, probabilidade que mostra as questões do problema e a complexidade dos factos, Latim que procura através das palavras e da escrita explicar ou confundir as questões, em que a verdade e a mentira se cruzam, personalidades escondidas por de trás das letras e do papel, carregados de assuntos já explicados e mais que aprofundados.
Informação que antecipa a análise, opiniões e conceitos que buscam as razões, que fazem acreditar, e ao mesmo tempo deixam deslizar, de um modo, oportunista e vulgar, factos subjectivos, em que a oportunidade de vender “a banha da cobra” acontece dia após dia!
Rigo

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Feltro

Acreditar no papel, querer entender
Moldar e riscar, perder, ganhar.
Receber e rever, contornar, vencer.
Conter e riscar, poder de esquissar.
Avião de papel, ideia, razão
Concluir, perceber, ganhar e erguer!
Folha mão, construir a complicação
Montar, pensar, prever, antever;
Pormenor de estar, desconforto.
Sofá onde encaixa, modelação, atitude
Simplicidade, capacidade, vontade.
Salto de razão, medo de encontrar
Vontade se gesticular, mostrar e o não
Borra de café, cigarros na mão
Braço das questões, perna de imaginar,
Construção de verdades, destruição de mentiras.
Continuar, brincar, passos de tempo
Escadas de objectivos, muro de alegrias
Bosque da cidade, ruas de bailado
De saída, entro no palco de vidas!
Cheios e vazios, cantos e recantos
Marcas, rastos e pedaços…

Escrito por Rigo